quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

A praça


As pessoas passam com seus passos apressados. Uns olham para o nada; o outro me parece preocupado. Um casal parece aproveitar o clímax da juventude: passeiam de mãos dadas, apreciando o vento fresco do entardecer.

É um vai-e-vem de certa forma agitado. Sons em abundância. Ouço pássaros, carros, crianças chorando, rindo e até mesmo fazendo birra. Coisas de criança... Coisas de adulto também, adultos de espécie mais mesquinha.
O sino da igrejinha toca. É o aviso para a grande celebração de fé. A mesma fé que ainda não tenho.
Na praça se celebra a vida e as pessoas passam sem perceber. Mas eu, sentada aqui neste banco frio, percebo a vida passar, mesmo quase sem viver.


Descrição de uma praça de algum lugar. Escrita no ano de 2002

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Abrindo a Janela

Quando pequena sonhava em ter uma casa com janelas grandes, com uma vista bonita. Uma janela que de alguma forma me traria inspiração. Queria mesmo era debruçar na sacada de meus pensamentos; ver a banda passar cantando coisas de amor... e todas as outras coisas que acontecem na janela.
Janela Aberta é um convite à um vôo pássaro. É uma figura de mim, debruçada sobre as coisas mágicas do cotidiano. Janela Aberta é a brisa suave da imaginação passando pela fresta de uma realidade sutil.