As pessoas passam com seus passos apressados. Uns olham para o nada; o outro me parece preocupado. Um casal parece aproveitar o clímax da juventude: passeiam de mãos dadas, apreciando o vento fresco do entardecer.
É um vai-e-vem de certa forma agitado. Sons em abundância. Ouço pássaros, carros, crianças chorando, rindo e até mesmo fazendo birra. Coisas de criança... Coisas de adulto também, adultos de espécie mais mesquinha.
O sino da igrejinha toca. É o aviso para a grande celebração de fé. A mesma fé que ainda não tenho.
Na praça se celebra a vida e as pessoas passam sem perceber. Mas eu, sentada aqui neste banco frio, percebo a vida passar, mesmo quase sem viver.
Descrição de uma praça de algum lugar. Escrita no ano de 2002